ISPI reforça cooperação com universidades Internacionais à margem do congresso da RIEC
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O encerramento do III Congresso Cientifico da Rede Internacional em Estudos Culturais – RIEC que decorreu entre os dias 15 a 17 de Junho, permitiu ao Instituto Superior Politécnico Independente – ISPI, reforçar a cooperação científica internacional com as Universidades de Aveiro (Portugal), Pará e São Paulo (Brasil).
O facto foi revelado pela presidente da RIEC, Professora Catedrática da Universidade de Aveiro, Maria Manuel Baptista, quando falava no acto de encerramento do III Congresso Científico da RIEC que decorreu sob o tema: “Interculturalidade e Movimentos Sociais: Raça, Classe e Género”,
Maria Manuel Baptista afirmou que a realização do Congresso da RIEC no ISPI, representa o princípio de uma colaboração muito frutuosa com Angola em geral e com o ISPI em particular, em termos do desenvolvimento em conjunto de projectos científicos, formações em Pós-graduações e doutoramentos.
“Não podíamos começar melhor e, as nossas expectativas foram totalmente excedidas, aprendemos muito, aprendemos todos e levamos daqui muitas perguntas, amigos, contactos”, realçou a presidente da RIEC.
Maria Manuela Baptista que trouxe para o III Congresso da RIEC cerca de 17 investigadores em estudos culturais da Universidade de Aveiro e de nacionalidades portuguesa e brasileira, garantiu que a RIEC está disposta em ajudar o ISPI em tudo que for possível, desde o intercâmbio entre docentes, discentes, projectos de investigação e muito mais.
Por sua vez, o Presidente do ISPI, Professor Doutor, Narciso Félix, afirmou que o interesse da instituição é de cooperar para além da RIEC, em parcerias de investigação cientifica e no envio dos estudantes para as Universidades de Aveiro (Portugal), Pará e São Paulo (Brasil) a fim de darem continuidade aos estudos de Pós-Graduação.
Para Narciso Félix valeu a pena o ISPI ter acolhido o Congresso da RIEC, pois foram apresentados 47 comunicações por especialistas e investigadores, tanto estrangeiros como nacionais, com temas variados que refletiram sobre a multidimensionalidade dos Estudos Culturais.
“O Congresso lançou o desafio no sentido de começarmos a fazer a desconstrução epistemológica do eurocentrismo cuja racionalidade produz o conhecimento a partir da lógica de exclusão em que os conhecimentos endógenos são tidos como não existentes e considerados como saberes periféricos”, adiantou o presidente do ISPI.
O presidente do ISPI defendeu a necessidade de se seguir as pegadas de Stuart Hall, Boaventura Sousa Santos, Edward Said, assim como dos angolanos Victor Kajibanga, Matumona Munamosi e outros apologistas das epistemologias do sul.
Narciso Félix parafraseou o discurso do Professor Doutor, Boaventura Sousa Santos, proferido aquando de um dos Congressos Internacionais da Universidade de Évora, “ é necessário fazermos a desmenomentação do ocidente, afirmando que o sul existe e é preciso partir do sul para o sul…”
O congresso foi antecedido de seminários pré-congresso realizados de 13 a 15 de Junho, com realce ao tema: “Dialogo sobre o Covid-19: Angola, Brasil e Portugal – Apresentação do Documentário “Quando Corpos, Quando Pandemia”, que permitiu especialistas trocarem experiências sobre o mesmo problema em diferentes realidades.
O Congresso ficou marcado com a realização de quatro mesas, dentro da temática principal, apresentação de 38 trabalhos de pesquisa cientifica, assim como apresentação do livro com o tema: “ Lazer, Género e Sexualidade” de autoria dos Professores Doutores Maria Manuel Baptista e Hélder Isayama.