Investigadores em Estudos culturais propõem-se a resolver problemas da comunidade Huilana
A equipa de investigadores científicos veiculados à Rede Internacional em Estudos Culturais – RIEC propõem-se a ajudar as comunidades da província da Huíla a resolverem os seus problemas práticos do quotidiano.
O facto foi manifestado pela presidente da RIEC, Professora Catedrática da Universidade de Aveiro, Maria Manuel Baptista, durante a cerimónia de abertura do III Congresso Científico que o Instituto Superior Politécnico Independente – ISPI acolhe entre 15 a 17 de Junho.
“Na prática os estudos culturais abrigam um conjunto de múltiplos investigadores e investigações de formações muito diversas, às vezes nem muito compatível e, de origens geográficas muito diferentes chegam a esta área por razões políticas e intelectuais muito diferentes,” argumentou.
Maria Manuel Baptista que se faz acompanhar de uma equipa de cerca de 17 investigadores de diferentes áreas do saber, sublinhou que a história dos estudos culturais, enquanto disciplina académica está marcada por contestação. Ela surge nos anos 70 e corresponde àquilo que se costuma designar como uma viragem cultural das ciências sociais e humanas.
Continuou, afirmando que havia nas ciências sociais e humanas áreas muito bem delimitadas e com uma grande história e a verdade é que aparecem os estudos culturais a tentarem articular estes conhecimentos em torno dos humanos .
A Catedrática teve o privilégio de abrir os trabalhos com a apresentação da Conferância “ Estudos Culturais – Colonização, Pós- colonialismo e decolonialismos”, e apresentou uma breve percurso dos do surgimento dos Estudos Culturais até os dias de hoje, sua importância e impacto na sociedade.
A cerimónia de abertura foi marcada pela intervenção da Vice- Governadora da Huíla para a área Social, Política e Económica, Maria João Chipalavela, que manifestou o seu reconhecimento ao ISPI por congregar neste Congresso culturas, vivências e dinâmicas sociais, de falantes de língua portuguesa e não só, porque o mais importante é partilhar e comunicar.
Maria João Chipalavela assegurou que o mais importante é partilhar e comunicar, pois cada vez mais o mundo se torna global com problemas e desafios comuns, exemplo disso foi a Covid 19 que juntou a todos com problemas e desafios comuns.
“Pensamos que esse congresso nos permitirá abrir horizontes, ultrapassar egoísmos e contribuí para o aumento e a riqueza do conhecimento científica, de modelos e práticas de conhecimentos sociais, em tempos de incerteza e carência, onde a solidariedade deve ser um princípio presente nas nossas vidas” concluiu.
Na sua mensagem de boas vindas, o Presidente do ISPI, Professor Doutor Narciso Félix Nhulilivali disse que é uma honra acolher o III Congresso da RIEC, pois participam no mesmo investigadores de Portugal e Brasil que vêm partilhar conhecimentos e experiências.
Entretanto, durante os dois dias de congresso que tem como tema “ Interculturalidade e Movimentos Sociais,: Raça, Classe e Género”, docentes e investigadores serão apresentados 47 comunicações com uma diversidade de temas inerentes aos estudos culturais.