Encontro no ISPI Aborda Proteção de Criança Contra o Abuso Sexual

Encontro no ISPI Aborda Proteção de Criança Contra o Abuso Sexual

Os estudantes da licenciatura em Ensino Primário do Instituto Superior Politécnico Independente -ISPI, foram consciencializados sobre a importância de ensinar as crianças a se protegerem dos abusos sexuais por parte dos adultos e de outras crianças.

Inserido na campanha “ Maio Laranja” que visa sensibilizar pais, encarregados de educação e professores, o encontro promovido pela organização “Criança Feliz”, juntou futuros professores e a representante do projecto, Flávia Costa.

Num ambiente aberto (zona verde do ISPI), bastante descontraído e sem “tabus”, as duas partes debateram a questão do abuso sexual no seio das crianças, as suas causas, consequências e métodos de ensino e prevenção.

 Ao falar para os futuros professores, a representante do projecto Criança Feliz, Flávia Costa defendeu a necessidade de ensinar as crianças, desde cedo, a se protegerem dos abusos sexuais, levados a cabo por outras crianças e por adultos.

Flávia Costa disse que muitos pais e encarregados de educação têm receio de conversar com os seus filhos e tutores sobre a sexualidade e quando o fazem procuram usar termos sinónimos de vagina, úvula, pénis, testículos e outros que dificultam o processo de educação sexual das crianças. 

Segundo Flávia Costa as crianças que desde cedo aprendem a educação sexual tem grandes probabilidades de ter maior aproveitamento escolar, assim como estarem preparadas para se defenderem de eventuais abusos.

Para a mesma, é melhor que as crianças aprendam a educação sexual em casa, na escola, na igreja ou no seio familiar, do que na rua, porque neste último meio a aprendizagem é feita de uma forma muito agressiva, deturpada e algumas vez com recurso à prática, o que não se recomenda.

“Há muitas crianças que sofrem abusos sexuais, mas por não apresentarem sinais físicos, só psicológicos, como medo, retração, timidez e outros, os pais e familiares não acreditam nas denúncias que fazem muitas vezes”, explicou.